A primeira vítima infectada pelo coronavírus em Campinas morreu em 28 de março, há exatos quatro meses. Desde então, a cidade somou 641 óbitos, uma média diária de 5,3 registros. O levantamento é da produção da CBN Campinas.
Oficialmente, a partir de 9 de maio, pelo menos um caso fatal é registrado por dia. O maior número, até o momento, foi em 30 de junho, com 19 mortes em 24h. Depois, 17 de julho, com 18 mortes, e 12 e 07 de julho, com 17 óbitos cada.
A primeira pessoa a morrer pelo vírus no município foi uma idosa de 71 anos, que apresentava outras comorbidades. O perfil e a faixa-etária dela formam os principais grupos de risco da doença, que tende a matar mais velhos e doentes.
Os números oficiais mostram que a maioria dos mortos era idosa. Do total, 196 pessoas com mais de 80 anos morreram com a covid-19, 31%. Dos 70 aos 79, foram 182, ou 28%. Já entre os 60 e 69 anos, os registros chegaram a 153, 24%.
Abaixo dos 60, os dados seguem decrescentes. Dos 50 aos 59, 62, 10%. Dos 40 aos 49, 27, 4%. Entre 30 e 39, 17, ou 3%. Três jovens de 20 a 29 anos e uma criança de 0 a 5 morreram, menos de 1%. Não houve vítima fatal de 5 a 19 anos.
Entre os 641 moradores de Campinas que perderam a vida desde o dia 28 de março, 557 tinham outras doenças ou condições de saúde consideradas de risco, o que equivale a 87% dos casos. Sem comorbidades, foram 84, ou 13% do total.
Assim como a idosa que morreu no final do primeiro mês de pandemia, a maior parte dos contaminados faleceu depois de ser internada em hospitais públicos, 358, ou 56%. Na rede particular, 264, 41%. Em casa, foram 19, ou 3%.
Ao todo, segundo a divulgação, 361 homens morreram. O montante corresponde a 56% das vítimas da covid-19. De março até esta segunda, 27 de julho, os registros de mulheres mortas pelo vírus chegaram a 280. Ou seja, 44%.
No dia da primeira morte, Campinas tinha 19 confirmações do coronavírus, 59 suspeitas descartadas e 489 em investigação. Em 27 de julho, além das 641 mortes, são 16.263 infectados, 25.925 descartes e 715 aguardando exames.
