A volta às aulas presenciais no Estado de São Paulo está prevista para o dia 7 de outubro. A Prefeitura de Campinas segue às recomendações do governo, mas o prefeito Jonas Donizette (PSB) afirmou na última sexta-feira, dia 14, que ainda não há previsão oficial na cidade.
O possível retorno gera discussões e opiniões diferentes. Em entrevista à CBN Campinas, a médica infectologista Raquel Stucchi vê condições para a retomada por causa da interrupção da quarentena pelos pais de alunos, já que muitos retornaram ao trabalho.
Já a presidente do Conselho das Escolas de Campinas, Erika Mayumi, diz que, por meio de pesquisas, a maioria dos pais e também dos estudantes são contra o retorno dentro de dois meses.
Nas universidades, a volta gradual não é vista com bons olhos, como afirma o diretor da Faculdade de Educação da Unicamp, Renê Trentin.
O Ministério Público abriu inquérito para acompanhar o processo de retorno das aulas presenciais. O promotor da Vara da Infância e Juventude, Rodrigo Augusto de Oliveira, crê que os protocolos ainda não estão prontos.
Em reunião virtual realizada na última semana pela Comissão de Educação da Câmara Municipal de Campinas, o Sindicato dos Professores do ensino Oficial do Estado de São Paulo, Apeoesp, se posicionou contra a volta presencial, pois não houve diminuição de casos de covid-19, apenas estabilidade nos números.
A União Campineira de Estudantes Secundaristas demonstra preocupação com a segurança dos alunos no momento do retorno, especialmente pela disponibilização de equipamentos de proteção individual, transporte público e divisão dos alunos.
Por outro lado, as escolas particulares de educação infantil se dizem prontas para a volta e que a estrutura das unidades oferece mais segurança que deixar crianças pequenas com cuidadores ou locais não-legalizados.
