As vendas de flores em julho se aproximaram do patamar alcançado em 2019. O resultado anima o setor, que associa a retomada ao uso de estratégias on-line. O diretor do Instituto Brasileiro de Floricultura, Renato Opitz, fala em vitória. Para ele, o pânico do início da pandemia deu lugar à busca por saídas e soluções.
“As festas terminaram. Então, as perdas giraram em 90%. E aí, ao longo dos meses, todos foram se mexendo por alternativas. Hoje, em julho, as vendas voltaram perto do que eram no ano passado, o que é uma grande vitória”, diz.
Um dos exemplos está em Holambra, na Região Metropolitana de Campinas. O município é responsável por mais 50% da produção de flores de todo o país.E depois de meses sentindo o baque da pandemia, teve dados animadores. A Cooperativa Veiling, que reúne empresários da cidade, vendeu 35% a mais.
A comparação envolve os índices captados nos meses de julho de 2019 e 2020. A associação desenvolveu uma plataforma virtual que permite a compra direta. A medida é vista como solução, principalmente com a chegada da primavera. A estação do ano, claro, é o momento mais aguardado por todos os produtores.
“O mercado on-line realmente cresceu e floriculturas e outros locais que estavam pensando se investiam ou não, acabaram investindo. Isso agiliza não só a vida do comprador e do distribuidor, mas também do produtor”, afirma.
A facilitação na entrega e a adoção de visitas aos clientes também ajudaram. Os empresários também procuraram personalizar e aperfeiçoar os produtos. As estratégias atenuam os efeitos do cancelamento de uma série de eventos. O maior exemplo é a 39ª edição da Expoflora, em Holambra, que foi adiada.