A operação da Polícia Federal para desarticular financeiramente uma facção criminosa que atua no país cumpriu ações em Hortolândia, Indaiatuba e Campinas. Mas a sede da PF em Campinas, no bairro Botafogo, não teve grande movimentação durante a manhã. Somente uma viatura foi vista entrando no prédio.
Não foram informados os detalhes das ações na região. Ao todo, são 623 mandados judiciais cumpridos por mais de mil policiais em 19 estados e no Distrito Federal. Foram expedidos 422 mandados de prisão preventiva e 201 de busca e apreensão em diversas cidades, assim como o bloqueio judicial de até R$ 252 milhões.
O trabalho dos policiais federais mira o tráfico de drogas e a lavagem de dinheiro. Foram identificadas várias contas bancárias usadas pelos criminosos para a prática. A apuração aponta que, além de lavar os valores, as contas serviam ainda para recompensar os membros da facção que estavam presos. É o chamado “Setor de Ajuda”.
Na força-tarefa, foram identificados, por exemplo, 210 integrantes do alto escalão que estão em presídios federais e que recebiam quantias mensais da organização. O dinheiro era depositado àqueles que ocuparam cargos, ou que executaram missões específicas. Para isso, contas de pessoas de fora do grupo eram apontadas.
Os investigados respondem por participação em organização criminosa, associação para o tráfico de drogas e lavagem de dinheiro. As penas podem chegar a 28 anos.
