A manhã do primeiro dia de atendimento normal na Unidade de Pronto Atendimento Carlos Lourenço, em Campinas, foi tranquila.
Por volta das 11h, seis pacientes aguardavam na recepção do local. Quem foi atendido conta que o tempo de espera não passou de 30 minutos.
Maria Inês Pereira, por exemplo, foi recebida e liberada pelas equipes em cerca de 20 minutos. Ela estava na porta aguardando a carona da filha.
“Demorou uns 20 minutos, eu acho. Tava vazio. Eu cheguei pouco depois das 9h e estou aqui só esperando minha filha”, afirma.
Rômulo mora do outro lado da rua, em frente à entrada da UPA, e conta estar aliviado por poder contar com o local para buscar todo tipo de atendimento.
Isso porque desde o fechamento na pandemia, adotado em meados de junho, os moradores precisavam ir a centros de saúde de outros bairros.
“É melhor né? A gente não sabia nem pra onde correr. Agora sabe que tem pelo menos atendimento perto né?”, desabafa ele.
Durante a restrição no espaço, a Prefeitura informou que a UPA teve 28 leitos de retaguarda para os quais os pacientes eram transferidos.
A medida foi tomada para aliviar a pressão por leitos no sistema. Na época, a rede pública chegou a registrar 100% de ocupação nas UTIs.
Agora, porém, o presidente da Rede Mário Gatti, Marcos Pimenta, explicou que não há mais necessidade de se manter a medida.
“O momento, realmente, é de queda da necessidade desse tipo de leito de internação, que são os leitos de menor complexidade”, explica Pimenta.
Os indicadores de contágio e de mortalidades em Campinas e região estão em queda, segundo o governo, na avaliação do Plano São Paulo.