O documento que relaciona as ações sanitárias que as escolas de Campinas devem adotar a partir do dia 7 de outubro, data prevista para o retorno das aulas presenciais, foi rejeitado pelo Conselho Municipal da Educação. Foram 7 votos contrários e 3 favoráveis ao conteúdo do documento, que tem quase 100 páginas. A conselheira titular, que representa o Sindicato dos Professores de Campinas e região, Adelaide Albergaria, considera que a proposta é boa, mas, segundo ela, aplicável apenas em escolas de primeiro mundo. Para Adelaide, as escolas brasileiras não oferecem condições para que sejam adotadas medidas como distanciamento social e os protocolos de higienização.
A proposta da Prefeitura de Campinas de retorno das aulas presenciais nas escolas municipais é apenas para os alunos dos 5º e 9º anos do Ensino Fundamental, do Ceprocamp e do EJA. Para as estaduais e privadas, a decisão sobre a volta às aulas será das direções das escolas. De acordo com Adelaide, a expectativa é de que conselho reprove a volta às aulas no dia 7 de outubro, numa votação marcada o dia 24 de setembro.
A Secretaria de Educação informou que os protocolos são elaborados pela Secretaria de Saúde e que a reabertura parcial será com controle, testagem dos profissionais envolvidos na Educação e com aplicação de protocolos baseados em critérios técnicos e científicos. Além disso, funcionários e professores considerados de risco não vão voltar. Informou ainda que o retorno às aulas presenciais é necessário e importante para a formação dos alunos, mas os pais podem optar por manter os filhos na educação à distância.