Foi na manhã do dia 29 de abril de 1991, na região sudoeste do PR a cerca de 420 km de Curitiba que Gonzaguinha se envolveu em um acidente fatal de automóvel. Foi desta forma que terminou prematuramente aos 46 anos a carreira desse cantor e compositor que fez da sua arte uma reflexão sobre a vida.
Ao lado de Aldir Blanc , Ivan Lins … entre outros compositores Gonzaguinha formou na década de 70 o Movimento Artístico Universitário. Com uma postura política bem intensa, Gonzaguinha foi até citado na época como “ Cantor Rancor ” esse grupo teve um importante papel para musica popular brasileira. O que resultou no programa da TV Globo – Som Livre Exportação.
O discurso áspero que Gonzaguinha empregava em suas canções seguia um caminho contrário ao interesse do governo militar. O que lhe rendeu várias visitas ao DOPS, órgão do governo que tinha função de controlar e reprimir.
O ano de 1975 trouxe mudanças importantes para o compositor. Depois de se ausentar por 8 meses para se recuperar de uma tuberculose, Gonzaguinha passou a ter uma postura mais a vontade no palco além de dar inicio a uma serie de shows por todo o Pais.
A partir de 1979 Gonzaguinha começou a colecionar uma série de sucessos em sua carreira. Com uma qualidade artística indiscutível, Gonzaguinha demonstrou maturidade em suas idéias principalmente sobre a dimensão política do homem.
Nos últimos 10 anos de vida Gonzaguinha fixou residência em Belo Horizonte. A vida mais calma em Minas foi marcada pelos passeios de bicicleta em volta da lagoa da Pampulha, foi o período mais introspectivo em sua carreira. Nesta fase Gonzaguinha também se dedicava a pesquisa de novos sons.
Em 1981 Gonzaguinha e Luis Gonzaga participaram da turnê “ Vida de Viajante ”, Mais do que a união de dois estilos do Brasil rural do baião com as canções comprometidas com os temas sociais. Foi a reaproximação de Pai e Filho que deixaram a magoa e o ressentimento na poeira da estrada.
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Produção
Walmir Bortoletto
Edição
Paulo Girardi