O último foragido da operação Black Flag, deflagrada em maio passado pela Polícia Federal, se entregou nesta quinta-feira na sede da PF em Campinas.
Com isso, os 15 investigados na ação de um grupo suspeito de praticar crimes financeiros no valor de R$ 2,5 bilhões, estão detidos.
No final de maio, inclusive, a Justiça já havia concedido a prorrogação de 15 dias no prazo do inquérito da Polícia Federal para a Operação. De acordo com a PF, a prorrogação era necessária para a conclusão da análise da extensa quantidade de documentos e dispositivos apreendidos.
Com a última prisão consolidada, a polícia deve continuar a análise do material apreendido e enviará à Justiça pedido para desmembramento da investigação.
A operação foi deflagrada em 11 de abril. Foram 15 mandados de prisão e 70 de busca e apreensão, todos expedidos pela 1ª Vara de Campinas.
As fraudes foram descobertas a partir de ações fiscais da Receita Federal, que detectou movimentações financeiras suspeitas, até que se chegou a uma organização criminosa, que sustentava um alto padrão de vida dos envolvidos, como veículos de luxo e imóveis.
Entre os automóveis, modelos da Ferrari, Porsche, Mercedes e outras, avaliados entre R$ 200 mil e R$ 2,5 milhões.
De acordo com as investigações, além de lesar empresas públicas, a organização criava empresas de fachada.
Um dos presos é um contador de Campinas que criava pessoas jurídicas, com sócios fantasmas, que emitiam notas para justificar os valores movimentados pela organização criminosa.
Além de São Paulo, foram cumpridos mandados no Ceará, Rio de Janeiro e Distrito Federal.