O presidente da CPI da Covid, senador Omar Aziz, disse que vai pedir à Justiça a condução coercitiva do empresário de Campinas, Carlos Wizard, à comissão. Também será pedida a retenção do passaporte dele.
Considerado pela cúpula da CPI como um dos integrantes do gabinete paralelo de aconselhamento do presidente Jair Bolsonaro durante a pandemia, Wizard foi convocado para prestar depoimento nesta quinta-feira, mas não compareceu.
O empresário decidiu não comparecer, mesmo amparado por uma decisão do ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal, que permitiu que Wizard ficasse em silêncio na CPI.
Aziz reforçou que pedidos feitos pelo empresário, como realização remota do depoimento e acesso a documentos sigilosos, foram negados. No início da sessão, o presidente também relatou que a comissão recebeu pedidos do advogado de Wizard, na manhã desta quinta, para que a cúpula da CPI se reunisse com ele para tratar sobre uma data para o depoimento.
Nesta quarta-feira, a CPI aprovou a quebra dos sigilos telefônico, telemático, fiscal e bancário de Wizard. Com isso, a comissão busca avançar nas investigações sobre a propagação de remédios que foram distribuídos à população e defendidos pelo presidente Jair Bolsonaro e auxiliares, mesmo sendo comprovadamente ineficazes para o coronavírus.
Também é apurado se Wizard ajudou a financiar a propagação de fake news sobre a pandemia.