O depoimento do empresário de Campinas, Carlos Wizard, à CPI da Covid foi remarcado para a quarta-feira da próxima semana, dia 30 de junho. Os advogados de Wizard entraram em contato com a CPI nesta segunda-feira (21) e acertaram a nova data, após o empresário não comparecer ao depoimento agendado para 17 de junho. A defesa de Wizard alegou que ele está nos Estados Unidos desde o final de março, acompanhando o tratamento médico de um familiar. Por este motivo a defesa chegou a pedir que ele prestasse depoimento de forma virtual, o que foi rejeitado pelos senadores, assim como nos outros pedidos como este feitos por outros depoentes da CPI.
Na última sexta-feira (18) a Polícia Federal esteve no endereço de Wizard em Campinas, com a autorização de condução coercitiva concedida pelo ministro do STF, Luís Roberto Barroso, mas os agentes não localizaram o empresário. Após uma consulta ao sistema migratório, foi constatado que Wizard realmente deixou o Brasil em 30 de março, em um voo com destino à Cidade do México, capital mexicana, e não retornou mais. A defesa de Wizard afirma que ele foi até o México para cumprir um período de quarentena necessário antes de entrar nos Estados Unidos.
Também na sexta-feira (18) a Justiça determinou a retenção do passaporte de Wizard assim que ele retornar ao país. A decisão foi da 1ª Vara Federal de Campinas. O senador Omar Aziz (PSD), presidente da CPI da Covid, chegou a falar até em pedir ajuda da Interpol para encontrar Carlos Wizard.
O empresário de Campinas foi convocado a depor à CPI na condição de testemunha. Wizard é apontado como um dos supostos integrantes de um “gabinete paralelo” que dava conselhos ao presidente Jair Bolsonaro sobre medidas para o enfrentamento da pandemia, muitas delas comprovadamente ineficazes no combate à covid-19, como o uso de medicamentos como a cloroquina.