O Ciesp Campinas divulgou na terça-feira, dia 22, os dados de maio do Panorama Regional de Comércio Exterior. Houve uma melhora considerável no volume exportado no mês de maio deste ano, com US$ 235 milhões em exportações, valor 31,2% maior que o registrado em maio de 2020. No acumulado do ano a alta é de 2,8% no comparativo com os cinco primeiros meses de 2020. Pela primeira vez em 2021 o saldo passa a ser positivo na comparação com o mesmo período do ano anterior. Os produtos mais exportados no ano são os da categoria “Máquinas, caldeiras, aparelhos mecânicos e suas partes”, com 15,9% do total.
Houve aumento também nas importações, com US$ 990 milhões movimentados por indústrias região em maio de 2021, volume 43,3% maior que no mesmo mês do ano passado. No acumulado do ano a alta é de 15,4%. A categoria com maior representatividade nas importações é a de máquinas, aparelhos e materiais elétricos, aparelhos de gravação e reprodução, partes e acessórios, com 24,6% do total no ano.
Apesar dos números indicarem um movimento de retomada econômica, há questões que preocupam os empresários da região, como a piora dos indicadores da pandemia, e uma nova crise hídrica, impactando tanto na disponibilidade de água quanto na geração de energia elétrica, conforme relata José Henrique Toledo Corrêa, vice-diretor do Ciesp-Campinas. “A preocupação é faltar energia e água, temos na região grandes indústrias que são consumidoras de água, o polo químico, a Petrobras, isso pode vir a paralisar algumas grandes empresas”.”
O Ciesp também divulgou a Sondagem Industrial Mensal de junho, pesquisa feita junto às indústrias da região para avaliar a percepção delas quanto ao momento econômico.
– Um dos questionamentos foi justamente sobre uma eventual crise hídrica. 52% das indústrias se declararam pouco preocupadas, 36% muito preocupadas, por reflexos nas atividades e nos custos, e 12% se declararam despreocupadas.
– Houve equilíbrio sobre o volume de produção. 36% das empresas relataram aumento da produção em junho, enquanto 32% relataram estabilidade, e outros 32% relataram redução.
– Houve estabilidade no número de funcionários em 70% das empresas.
– Quanto ao faturamento, 52% relataram aumento, enquanto 24% se declararam com estabilidade, e outros 24% disseram ter tido redução.
– Já os custos de matérias primas subiram para 81% das indústrias, enquanto outras 19% relataram estabilidade.
– Quanto à lucratividade, 56% declararam estabilidade, 28% relataram queda e apenas 16% registraram aumento.