Após colapso, jornalista relata realidade de Manaus

Foto: Reprodução

Seis meses depois do colapso na saúde, com falta de oxigênio e de leitos para infectados pelo coronavírus, Amazonas registrou no início de julho o primeiro dia sem mortes desde 31 de março de 2020. E os resultados do estado e de Manaus motivam reações e reflexões.

O jornalista e editor-executivo do jornal “A Crítica”, Dante Graça, que esteve no epicentro da crise sanitária em janeiro, principalmente na capital amazonense, avalia que o momento deve ser comemorado, mas ainda é difícil, já que as internações seguem altas.

“É um alívio grande, porque, mais do que somente noticiar, a gente consegue ver uma mudança. Em janeiro, a gente sentia medo e hoje felizmente a mortalidade tem diminuído. Só que temos média de 450 internados. Então, não podemos comemorar tanto”, ressalta.

No começo do ano, quando conversou com a CBN Campinas em meio ao caos vivido em Manaus e em outros municípios, Dante alertou sobre o risco da situação ocorrer em outros locais. Na ocasião, Campinas e outras cidades estavam prestes a viver a segunda onda.

Agora, diante dos índices e, principalmente, com a evolução da vacinação, diz que o panorama pode ser visto novamente como exemplo. Até o primeiro dia sem mortes, o estado tinha imunizado 37% da população com a primeira dose e 13,7% com a segunda.

“O planejamento aparentemente está sendo bem executado. Não estão esperando quem não quer se vacinar. Não estão esperando todos de uma determinada faixa etária buscar a imunização. Pessoas acima dos 23 anos que querem, estão indo buscar a dose”, relata ele.

Questionada sobre as primeiras 24 horas sem óbitos após um ano e três meses no estado, porém, a Fundação de Vigilância em Saúde do Amazonas, alega que é precoce afirmar que o registro esteja diretamente ligado ao avanço da vacinação contra a doença nas cidades.

Apesar disso, o órgão não explicou o que pode ter colaborado para a diminuição. Entre os especialistas, por outro lado, a imunização é levada em conta devido ao alcance de 80% entre o público acima dos 60 anos, o que reduz a fatalidade entre os mais suscetíveis.

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