As consequências do aquecimento global são trágicas e necessitam de medidas urgentes. As conclusões, da Professora Ana Ávila do Cepagri (Centro de Pesquisas Meteorológicas e Climáticas Aplicadas à Agricultura) da Unicamp e Colaboradora do Painel Brasileiro de Mudanças Climáticas, levam em consideração os dados do relatório do IPCC (Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas), da ONU, publicado no dia 09 de Agosto. O documento, o mais relevante desde 2014, aponta para uma dura realidade: o aquecimento global está se desenvolvendo mais rápido do que o esperado e em boa parte, e a principal causa é a ação humana.
“Na verdade o último já havia comprovado a ação do homem, isso vem se confirmando nos relatórios do IPCC. Mas neste, eles comprovam a ação do homem e que é imediata a necessidade de redução da emissão de gás de efeito estufa”, explica a especialista.
Segundo informações do IPCC, a estimativa é de que as atividades humanas tenham causado o aumento de cerca 1,0°C no aquecimento global acima dos níveis pré-industriais e que é provável e que o índice atinja 1,5°C a mais entre 2030 e 2052, caso continue a aumentar no ritmo atual. Para Ana Ávila, os efeitos desta mudança é trágica e só poderão ser combatidas com a implementação urgente de políticas públicas e ações governamentais.
“No nosso país, por exemplo, a mudança de uso e ocupação do solo é um dos principais fatores de emissão de gás de efeito estufa o que está associado ao desmatamento e a queima de florestas”, afirma Ana Ávila.
Para a pesquisadora, embora os problemas exijam ações urgentes por parte das autoridades públicas, é preciso que todas as pessoas tomem ações de preservação, mesmo que simples, como a reciclagem de lixo e a prevenção de queimadas.