Um dos órgãos responsáveis pela fiscalização e proteção do sistema eleitoral, o Ministério Público de SP, considera a discussão sobre a adoção do voto impresso um retrocesso para a democracia brasileira. Para o Procurador de Justiça do Estado, Mário Sarrubbo, o tema, que veio à tona com a apresentação de uma proposta de emenda à Constituição (PEC), é ultrapassada.
“Essa discussão é uma perda de tempo para o Brasil, que está precisando cuidar miséria, para fome, para segurança pública. Nós precisamos olhar para frente e para nós este é superado. Haverá eleições e as urnas são seguras”, afirma Sarrubbo.
O procurador explica que a tecnologia usada para votação é de ponta, e o sistema de proteção e preparação das urnas eletrônicas conta com a atuação de diferentes órgãos de fiscalização, inclusive dos partidos políticos. Além disso, de acordo com Sarrubbo, o sistema é criptografado, sem acesso à internet e deixa de funcionar se houver qualquer tipo de tentativa de violação. “Se alguém que não seja do Tribunal tentar executar o software, ela pára de funcionar e tudo que tem nela é invalidado.”
Ainda de acordo com o Procurador, é a eventual impressão dos votos que permitirá crimes e fraudes. “Se imprimirmos os votos, vamos voltar aos tempos do voto de cabresto”, afirma.