A Prefeitura de Campinas anunciou a criação do “Campinas Protege”, benefício que pagará R$ 1,5 mil a famílias carentes que possuem crianças e adolescentes que perderam os pais ou algum responsável devido a Covid-19.
O anúncio foi feito durante a live do Prefeito Dário Saadi na quinta-feira. O Projeto de Lei (PL) que vai instituir o benefício foi assinado e agora irá para votação na Câmara Municipal.
O “Campinas Protege” visa auxiliar financeiramente as famílias que perderam seus entes e que passam por dificuldades devido a todos os reflexos da pandemia.
Para receber o benefício, é preciso que o óbito tenha sido de Covid-19, que tenha ocorrido em Campinas durante o período de calamidade pública, que a família tenha renda per capta de até meio salário mínimo e que essas pessoas morem no município há pelo menos um ano antes do falecimento do responsável.
Segundo a Secretária de Assistência Social, Vandecleya Moro, esse é o maior valor de auxílio disponibilizado a população.
“O valor do benefício será de R$ 1,5 por família e esse valor será pago em três parcelas de R$ 500 direto por transferência na conta do beneficiário. Esse é um valor que foi construído, junto com a equipe, a gente tem estudos de que é um dos maiores valores que nós temos hoje no Brasil de auxílio, então é um aporte importante que as famílias precisam. Quando a gente fala desse valor, o estimado de investimento é de R$ 2.250.000 para o auxílio Campinas Protege”.
Além do “Campinas Protege”, o Prefeito Dário Saadi assinou também outro projeto que vai para votação na Câmara. Este pretende premiar profissionais da cultura por meio do FICC (Fundo de Investimentos Culturais de Campinas).
O artista vai precisar inscrever um projeto ligado ao ramo cultural, mas poderá receber o auxílio de forma menos burocrática. O investimento total estimado pela Prefeitura é de R$ 2 milhões.
Durante a live foi informado que agora a ideia é facilitar que esse benefício chegue aos profissionais. Em 2015, por exemplo, dos 487 projetos inscritos, apenas 76 foram aprovados.
Para a secretária de Cultura e Turismo, Alexandra Caprioli, a nova proposta deve também atingir mais moradores de todas as regiões da cidade.
“A gente viu que a gente estava concentrando esses recursos por conta da dificuldade que eles tinham em uma população mais central. O que a gente quer é que este recurso chegue a todas as regiões da cidade, bairros, locais, e isso vai ter um impacto em vários aspectos. A gente vai fortalecer as ações coletivas, porque as pessoas terão suas trajetórias e também seus trabalhos em rede. Mais do que isso, a gente quer todos os setores, seguimentos acessando, não só os profissionais que tinham capacidade de escrever os projetos.”
Os dois Projetos de Lei fazem parte do Paes (Programa de Ativação Econômica e Social). Eles serão votados na Câmara e, se aprovados, será publicado o edital.