Após o relato de falta de vacinas da Astrazeneca para aplicação da segunda dose em centenas de milhares de moradores da capital paulista, muitas pessoas na iminência de tomar a segunda dose passaram a a se preocupar com a situação, mesmo em outras cidades do estado de São Paulo.
Mas em Campinas, pelo menos por enquanto, isso não é motivo de preocupação, segundo a Diretora do Departamento de Vigilância em Saúde (Devisa) de Campinas, Andrea Von Zuben. “A gente está com um estoque bastante razoável, um número expressivo, não creio que haverá falta, a gente tem uma margem de segurança, então se demorarmos duas a três semanas pra receber não há problema, a gente pode colocar essas pessoas um pouco mais para frente”, explica Andrea.
A Diretora afirmou também que não há indicativo de que deverá haver falta de repasse de doses para a cidade. “Mas não houve notícia oficial de que vai haver este desabastecimento, toda nossa comunicação é por nota técnica com o estado e com a vigilância epidemiológica regional, e isso até agora não chegou para Campinas, então a gente não vê como um problema nesse momento”.
Na quinta-feira (9) o Governo do Estado de São Paulo emitiu uma nota cobrando o Ministério da Saúde para que sejam enviadas 1 milhão de doses da vacina da Astrazeneca para concluir esquemas vacinais no mês de setembro. Segundo o estado, o Governo Federal deixou de enviar cerca de 1 milhão de segundas doses de Astrazeneca para São Paulo, sendo que o prazo de aplicação destas começou a vencer no dia 4 de setembro.
Já o Ministério da Saúde nega que esteja devendo doses à São Paulo, e afirma que o desabastecimento seria resultado do uso de parte das vacinas destinadas à segunda dose para aplicações de primeira dose. O Ministério reconhece que ainda tem cerca de 3 milhões de segundas doses a serem enviadas ao estado, mas afirma que isso não ocorreu ainda, pois o prazo de intervalo entre a primeira e segunda dose dessas pessoas só se dará no final do mês.