Corpos da família Silveira Mello são velados em Piracicaba

Foto: Valéria Hein

Os corpos das vítimas de uma mesma  família, mortas na queda do avião em Piracicaba nesta terça-feira, foram velados durante toda a manhã desta quarta na cidade. No caso do piloto, Celso Elias Carloni, de 39 anos, e do copiloto Giovani Dedini, de 24, que também morreram no acidente, os corpos ainda não tinham sido liberados pelo IML até a manhã desta quarta-feira.

O velório da família começou por volta de 9h apenas para familiares e depois das 10h30, aberto ao público. A rua em frente ao local foi fechada e coroas de flores chegavam a todo o momento. O acidente chocou todo o país, e em especial, moradores de Piracicaba, que não se conformavam com a morte de 5 pessoas de uma mesma família no acidente: Celso Silveira Mello Filho, de 73 anos, a esposa dele, Maria Luiza, de 71 anos, e os 3 filhos do casal: os gêmeos Celso e Fernando, de 46 anos e Camila, de 48.

Entre os momentos que mais emocionaram quem estava no local, foi a chegada do irmão de Celso, Rubens Ometto Silveira Mello. O Prefeito de Piracicaba, Luciano Almeida, decretou luto de três dias na cidade e foi ao local prestar suas condolências. “Vamos confortar a família, os próximos dias serão muito difíceis e nós vamos fazer o que for necessário  para apoiá-los. Não tem muito que falar num momento deste. Foi uma catástrofe sem cabimento algum”.

Para o deputado estadual, Roberto Morais, do Cidadania, que é de Piracicaba, e amigo pessoal da família, a perda para o setor de açúcar e álcool foi em âmbito mundial. “Levei um susto muito grande. Foi uma tragédia. Uma família toda foi embora na queda um avião praticamente zero KM. Não entendo muito de aviação, mas pelo que eu li e vi, está todo mundo assustado com a maneira como aconteceu a tragédia”.

A família é de uma das mais tradicionais do ramo do açúcar e álcool do país, proprietários e acionistas de grupos que estão entre os maiores produtores do Brasil. Celso Silveira Mello era ainda agropecuarista e tinha propriedades rurais em São Paulo, Paraná, Mato Grosso do Sul, Tocantins e Pará e atuava também na área da educação, responsável pela criação da Faculdade de Ensino Superior da Amazônia, que atualmente era comandada pela filha mais velha, Camila, que também morreu no acidente.

Celso era apaixonado por futebol e chegou a ser presidente do clube XV de Piracicaba em duas oportunidades. Os filhos gêmeos  também tinham forte ligação com o esporte. Fernando era atirador, foi campeão brasileiro, sul-americano e chegou a representar o Brasil nos Jogos Pan-americanos de Lima, no Peru. E Celso era piloto e praticava autocross desde criança, modalidade pela qual ele foi tricampeão brasileiro. Após a localização da caixa preta, as investigações sobre o acidente avançam, mas sem prazo definido para conclusão.

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