Prédios vagos ou abandonados têm acelerado ainda mais a degradação da região central de Campinas por conta da ação de vândalos, que invadem as propriedades em busca de materiais que possam ter algum valor. É cada vez mais comum encontrar prédios desocupados que tiveram portas, janelas, fiação, grades, entre outros materiais, removidos por invasores.
Um desses exemplos é um prédio em um amplo terreno, na Rua Dom José I, no Bonfim. O local abrigava uma concessionária de veículos. O prédio está completamente destruído. Todos os itens que poderiam ter algum valor em comércio de recicláveis foram levados. A construção tem praticamente só a estrutura.
Na Rua Irmã Serafina, além do edifício do antigo Palace Hotel, o prédio onde funcionava uma agência do Banco do Brasil foi totalmente depredado. Até o forro foi arrancado para que os fios pudessem ser retirados.
“Os prédios estão abandonados há muito tempo. Esses prédios abandonados acabam gerando muita violência aqui na região e o pessoal espera que façam alguma coisa”, diz Larissa dos Santos que trabalha nas imediações.
Na Rua Sacramento tem dois prédios, um ao lado do outro, que também estão abandonados há anos. Victor Martins, que tem um comércio em frente, conta que as duas construções foram invadidas e saqueadas.
Segundo o comerciante, a situação traz insegurança para todos
“Com o tempo essa região de tão degradada que está ficando, ela vai acabar ficando abandonada. Os comerciantes vão acabar saindo, se possível, os moradores, se possível, vão acabar saindo também. Ou seja, vai se tornar um bolsão de casas e prédios abandonados”, afirma.
A Prefeitura informou que por serem imóveis particulares, a responsabilidade pela manutenção desses locais é do proprietário. No entanto, sempre que é constatado o abandono ou há denúncia, o setor de fiscalização verifica o local e notifica o proprietário do imóvel a mantê-lo em ordem. Como já ocorreu no prédio que abrigava a agência do Banco do Brasil.
Ressaltou que casos de abandono de imóveis e vandalismo podem ser denunciados pelo telefone 156. Com relação à segurança, respondeu que a Guarda Municipal atende chamados quando é acionada e que os guardas também agem quando, durante as rondas de rotina, verificam situações de vandalismo, depredação, invasão ou atitude suspeita. Os vizinhos podem acionar a GM pelo 153 no momento em que constatarem invasão.
Já a Polícia Militar (PM) informou que faz o patrulhamento preventivo e que na área atendida pela 1ª Companhia do 8º Batalhão, de agosto a outubro, foram realizadas 7.513 abordagens, 80 prisões em flagrante, 22 foragidos capturados e três armas de fogo apreendidas.
