Dias antes das festas de Natal e Ano Novo, a pandemia da covid-19 e o surto de gripe H3N2 têm feito aumentar a ocupação de leitos de UTI. A Prefeitura de Campinas, por exemplo, divulga os números de internados com Síndrome Respiratória Aguda Grave, e não somente do coronavírus, como era feito até a última semana.
Com a chegada da variante ômicron da covid-19 e os casos graves de influenza, a infectologista da Unicamp Raquel Stucchi alerta para o perigo das aglomerações durante as comemorações de fim de ano. “Não devemos reunir 50 pessoas. De preferência os encontros devem ser em lugares abertos, com pessoas vacinadas e usando máscara”, diz.
Segundo a médica, os sintomas de gripe e covid-19 são parecidos, com poucas variações, como no caso da variante ômicron, que não altera paladar e olfato. Raquel Stucchi recomenda a quem tiver qualquer sintoma que não participe das festas de fim de ano com a família. “Amanheceu com dor de garganta? Não vá à ceia! As pessoas com maior risco podem adoecer com esse contato”, explica a infectologista.
A vacinação ajuda a prevenir casos mais graves da covid-19, mas a variante da gripe que está circulando atualmente não é bloqueada pelo imunizante contra a influenza. A infectologista explicou ainda que não é possível constatar qual tipo de vírus tem sido o responsável pela maior contaminação neste fim de ano.