Esalq exonera professor acusado de assédio sexual

Gerhard Waller / Divulgação Esalq/USP

A Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz, da Universidade de São Paulo, exonerou o coordenador do programa de pós-graduação e pesquisador do departamento de agroindústria, alimentos e nutirção, Cláudio Lima de Aguiar, acusado por oito alunas de assédio sexual. A decisão foi tomada pela instituição de ensino no dia 20 de dezembro.

O caso veio à tona após a USP instaurar, em setembro de 2019 uma sindicância e um processo administrativo contra o docente. Oito mulheres, todas ex-orientandas, depuseram contra ele na condição de vítimas, além de outras cinco como testemunhas. A demissão faz parte de uma decisão da congregação da Esalq por 62 votos favoráveis e três abstenções.

A USP informou em nota que o reitor acatou a decisão da comissão processante da Esalq de exonerar o professor, devido à gravidade dos fatos. A Associação de Docentes da USP emitiu uma nota, dizendo que esse deve ser o primeiro caso de demissão de professor por assédio sexual, ressaltando a importância que as vítimas desses casos recebam orientação jurídica, médica e psicológica, e que a universidade tenha políticas públicas de combate à violência.

O professor Claudio Lima de Aguiar e sua defesa não foram encontrados para comentar a decisão da universidade.

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