O Sindicato da Construção Civil do Estado de São Paulo apresentou um levantamento onde projeta um crescimento do setor maior em 2022, quando comparado com os últimos dois anos. A expectativa é de aumento no número de empreendimentos e uma consequente geração de emprego formal, na orem de 11,3%. O grande obstáculo para o setor é o avanço da inflação que, segundo o IBGE, fechou 2021 com alta de 10,06%.
A elevação da taxa de juros também é outro fator negativo. A medida em que o percentual cresce, aumentam também a renda mínima exigida para o interessado no imóvel e a parcela de financiamento. Outro dado que chama a atenção é o preço do imóvel novo, que está, em média, 15,8% mais caro no Brasil. Na cidade de São Paulo, esse índice é ainda maior, chegando a 21%.
O vice-presidente de economia do Sinduscon, Eduardo Zaidan, acredita que 2022 vai ser diferente dos últimos anos e mantém a expectativa de que a inflação será menor do que o índice registrado o ano passado. “Vai ser um ano que nós vamos ter uma inflação menor do que ano passado, é bastante compreensível. Mas isso não quer dizer que nós estejamos ainda livres de uma inflação bastante desajustada para 2022 e alguns fatores que são bastante preocupantes”, disse.
Neste momento, a confiança do empresariado está em alta, algo positivo, mas que contrasta com a confiança do consumidor, que não é dos melhores, como afirmou a coordenadora de projetos de construção, Ana Castelo. “Embora, uma confiança melhor do empresário, ela começou a ser afetada também, por esse ambiente maior de incerteza, relacionada a questão das finanças, relacionadas às questões políticas. E claro, os custos. A escassez e a elevação dos custos”, afirmou.
O Sinduscon SP divulgou a análise de suas projeções para 2022, através de uma coletiva online realizada nesta quinta-feira, 13.