A operação padrão, iniciada no fim de dezembro pelos fiscais da Receita Federal, preocupa a Regional Campinas do Ciesp. Também conhecida como operação tartaruga, a medida gera morosidade na liberação de produtos nas alfândegas, já que os auditores fazem uma fiscalização mais rigorosa de documentos e mercadorias, elevando o tempo nas operações de importação e exportação.
O objetivo da operação padrão é pressionar o governo por aumento de salários e melhoria nas condições de trabalho. Além dos prejuízos com a demora na liberação das mercadorias, as empresas ainda precisam arcar com os altos custos de armazenagem de cargas que ficam paradas esperando a liberação nas alfândegas.
De acordo com o diretor do Departamento de Comércio Exterior do Ciesp-Campinas, Anselmo Riso, o que normalmente era liberado em um ou dois dias, hoje tem demorado de 15 a 20 dias ou até mais em alguns casos. Outra preocupação para o Comércio Exterior regional, na análise do diretor titular do Ciesp-Campinas, José Henrique Toledo Corrêa, é a tensão entre Rússia e Ucrânia, com a ameaça de um conflito armado e os consequentes embargos econômicos e retaliações.
Em relação aos números da Balança Comercial Regional, em janeiro de 2022 o valor exportado foi de US$ 230,5 milhões – 20% maior que em janeiro de 2021. Já as importações no mesmo mês foram de US$ 942,5 milhões, 14,5% maior do que em janeiro do ano passado. A corrente de comércio exterior regional, que é a soma das exportações e importações, foi 15,5% maior que no mesmo mês do ano passado. Em janeiro deste ano foi de US$ 1,173 bilhão. Os principais municípios exportadores nesse período da Regional Campinas do Ciesp foram, pela ordem: Paulínia (29,1%), Campinas (24,2%), Sumaré (13,5%), Mogi Guaçu (7,9%) e Amparo (5,8%).