A Secretaria de Saúde divulgou nesta semana um boletim atualizando os dados de arboviroses em Campinas. Entre 1º de janeiro e 4 de abril deste ano, foram registrados 534 casos de dengue e três casos de Chikungunya, sendo um importado e dois autóctones. Até o momento não houve registro de caso de z ika vírus.
Para efeito de comparação, entre janeiro e março do ano passado foram registrados 855 casos de dengue na cidade. Em todo o ano passado foram 2.349 casos. Segundo a coordenação do Programa Municipal de Arboviroses, os números de dengue estão dentro das expectativas para o período, porém a incidência de casos confirmados para cada 100 mil habitantes subiu de 11 para 44 em pouco menos de um mês. Devido a este crescimento, a Secretaria de Saúde emitiu um alerta para aumentar a sensibilidade dos serviços públicos e privados em relação ao diagnóstico da doença.
A região com mais casos é Norte, com 162 registros. Janete Souto mora na região e afirma que faz a parte dela, mas espera que a Prefeitura também faça. “Em casa até tanque a gente enxuga, mas tem a parte da Prefeitura também, tinha que cuidar, cortar mato, ver buraco de rua, pois tudo isso junta água, junta mosquito, eu nunca tive dengue, mas meu marido teve, quase morreu, ele passou mal mesmo, pressão caiu, chegamos no médico que disse que se meu marido demorasse mais um pouquinho ele iria morrer”.
Maria Saldanha, moradora do Jardim Eulina, também na região Norte, relata que, na opinião dela, o trabalho de prevenção é bem feito no bairro, e ela não soube de ninguém próximo que teve dengue neste ano. “O pessoal do posto de saúde passa a cada dois meses na casa da gente e olha tudo, dá recomendações, mas eu vejo poucos casos, apesar de que falam que há muitos casos aqui no bairro, mas na minha rua propriamente não tem muito não”.
Não há registro de morte por dengue na cidade neste ano.