A Polícia Militar deteve uma mulher no Shopping Parque das Bandeiras, em Campinas, após uma denúncia de injúria racial. Ela foi encaminhada à 2ª Delegacia de Defesa da Mulher, pagou uma fiança e foi liberada.
O caso ocorreu no último sábado (9), mas imagens da confusão foram divulgadas nesta quarta-feira.
Aline Cristina Nascimento de Paula, de 28 anos, acompanhava a filha de um amigo no parquinho existente dentro do centro de compras.
De acordo com Aline Cristina, as agressões começaram quando ela entrou no playgroud. “Assim que eu entrei, a mulher já se levantou e disse assim: ‘Vamos embora daqui, tá cheio de preto’. Eu falei : ‘O que a senhora está falando?’ E ela: ‘É isso mesmo!’ Tá cheio de preto”, relatou Aline.
O Delegado Diretor do Deinter-2, José Henrique Ventura, explica por que não houve a prisão após o ocorrido, mesmo após a agressora ter sido levada para a delegacia. “A injúria racial é um crime afiançável e já o crime de racismo é inafiançável e imprescritível. A injuria racial que é que aconteceu, está no artigo 140, paragrafo terceiro do código penal e prevê pena de reclusão de um a três anos de prisão e multa” disse.
Seguranças do shopping não deixaram a agressora ir embora até a chegada da polícia que conduziu as duas para a 2ª Delegacia de Defesa da Mulher (DDM) de Campinas. O crime foi registrado como injúria racial, e é afiançável. A agressora, de 34 anos, pagou R$ 1,5 mil e foi liberada.
Em nota, o Shopping Parque das Bandeiras disse que assim que tomou conhecimento do ocorrido, atuou prontamente e prestou toda assistência necessária à vítima.
O empreendimento reforçou ainda que não tolera nenhum tipo de discriminação em suas dependências e que possui valores como ética, humildade e transparência.
Informou também que o shopping criou um Comitê de Diversidade e Inclusão a fim de oferecer palestras, treinamentos e novos processos para que todos os colaboradores saibam atuar em casos como este.