As colisões traseiras têm crescido nas rodovias que atendem a região de Campinas. Na malha viária da Renovias, por exemplo, que faz a interligação entre Campinas, Circuito das Águas e Sul de Minas Gerais, o aumento desse tipo de acidente foi de 36%, numa comparação entre março e janeiro deste ano. Em relação aos acidentes de uma forma geral, até o dia 31 de março, a concessionária contabilizou 58 ocorrências. Em janeiro, foram 13 e em fevereiro, 19. O número mais preocupante é o de colisões traseiras. Foram 26 em Março.
No Corredor Dom Pedro, num total de 297 km do conjunto de cinco rodovias, foram 81 colisões traseiras no primeiro trimestre deste ano. Em igual período do ano passado, foram 72. Já na SP-075, de Indaiatuba a Campinas, e na SP-127, em Piracicaba, a concessionária registrou 47 acidentes do tipo colisão traseira no primeiro trimestre de 2022. Em igual período anterior, foram 35.
Para Renato Campestrini, advogado, especialista em trânsito, mobilidade e segurança, os números demonstram a falta de atenção dos motoristas. Renato explica que falta obediência à distância segura com o carro da frente. “Nem sempre a velocidade máxima da rodovia é aquela que pode ser mantida por quem trafega atrás de outro veículo”. De acordo com Renato Campestrini, a utilização de dispositivos eletrônicos enquanto dirige está também entre os principais motivos da colisão traseira. “O momento em que se olha para a tela do celular representa uma distância percorrida pelo veículo de uma campo de futebol”.
Os motoristas que estão à frente também podem contribuir com medidas simples, sinalizando ao realizar manobras e evitando freadas bruscas, sem prestar atenção no veículo que vem atrás. É preciso ainda realizar a manutenção de pneus, limpador de parabrisa, sistemas de freio e de refrigeração interna para evitar o embaçamento.