Os trabalhadores do Hospital Maternidade de Campinas realizaram um protesto, nesta segunda-feira, contra irregularidades trabalhistas e assédio moral, com distribuição de carta aberta à população. Os trabalhadores alegam que a administração do hospital vem reduzindo direitos, não deposita o Fundo de Garantia desde 2019 e está assediando moralmente os funcionários, levando muitos a pedirem demissão.
Além do assédio moral, o diretor do Sinsaúde, Peter Douglas, relata que a administração da Maternidade tem adotado medidas como a sobrecarga de trabalho. “Alteração na escala e jornada de trabalho, fim do pagamento da insalubridade para cerca de 60 trabalhadores dos setores de farmácia e fornecimento de produtos da cesta básica com baixa qualidade”.
O presidente da Maternidade de Campinas, Marcos Miele, admite a situação irregular da instituição no que se refere ao recolhimento do Fundo de Garantia, afirmando que existe uma ação trabalhista para negociar a dívida.
Ele atribui à crise econômica provocada pela pandemia o motivo do endividamento, mas garante que os trabalhadores demitidos estão recebendo todos os direitos trabalhistas. “A situação da maternidade do ponto de vista financeiro está equilibrada, sem que haja prejuízo no atendimento à população”.
Sobre a denúncia de assédio moral, Marcos Miele informou que a maternidade repudia esse tipo de situação e que a ouvidoria da Instituição está aberta para receber esse tipo de relato, sem que nenhum registro fosse encontrado.