Funcionários que prestam serviço para a Rede Mário Gatti, e que são contratados por uma empresa terceirizada chamada em janeiro, reclamam que não estão recebendo salários e os benefícios.
São enfermeiros e técnicos em enfermagens contratados pela AHBB, que atua no oeste paulista, e que atuavam no Hospital Metropolitano, encampado pela Prefeitura de Campinas no ano passado durante a terceira onda da covid-19.
Desde o começo do contrato, segundo a técnica em enfermagem Patrícia Ferreira, os problemas nos pagamentos são constantes.
“No mês passado, o nosso pagamento veio com muitas falhas. Faltou adicional noturno, passagem de ônibus, veio tudo errado. E este mês está atrasado de novo. A cada hora eles dão uma desculpa. Falam que é problema na folha de pagamento, que é porque a Rede Mário Gatti atrasou o repasse”, explica.
Nesta quarta-feira, o grupo que iria assumir o plantão noturno decidiu não trabalhar.
Por causa da reforma da unidade para transformá-la no tão prometido Mário Gattinho, o grupo foi transferido ao atendimento adulto do Mário Gatti.
Patrícia afirma que a situação chegou a um tal ponto que alguns funcionários começaram a faltar. E empresa, por meio da coordenadora, passou a mandar mensagens em tom de ameaça.
“Aqueles que não faltarem vão receber um adicional de 10% no salário. Mas, como vão receber se nem o salário normal é pago?”, questiona.
A AHBB não foi encontrada para comentar a situação, mas a CBN Campinas teve acesso a mensagens encaminhadas por uma supervisora aos funcionários.
Ela pede para que todos continuem trabalhando, já que o contrato está próximo do fim.
Por causa da falta registrada nesta quarta-feira, A Rede Mário Gatti estaria ameaçando romper o contrato, e não fazer o repasse, e aí todo mundo ficaria sem os salários.
A supervisora também pede “compaixão” das equipes.
A Rede Mário Gatti explicou que esses funcionários terceirizados atuam em uma das frentes do pronto-socorro adulto, para atendimento de pessoas que tem sintomas respiratórios.
O contrato com a AHBB termina no dia 25 de maio.
A administração dos hospitais públicos de Campinas já teve informações sobre o atraso nos pagamentos, e diz que, da parte dela, está tudo em ordem, que acompanha a movimentação e que vai tomar as medidas que forem cabidas no momento adequado.