O galpão tombado como patrimônio cultural de Campinas, que servia como garagem de locomotivas no Complexo Ferroviário, não vai sair do lugar, de acordo com a presidente do Conselho de Defesa do Patrimônio Cultural da cidade (Condepacc), Alexandra Caprioli.
O pedido de remoção da estrutura veio por meio do Sindicato dos Empreendedores Individuais de Ponto Fixo Público e Móvel de Campinas (Sindipeic), já que no local é previsto a construção do novo camelódromo. A permanência do galpão faria com que o Shopping Popular perdesse 600 dos 1687 boxes previstos no projeto inicial, segundo o vereador e vice-presidente do sindicato Carlinhos Camelô (PSB).
Segundo Caprioli, remover a estrutura não compactua com as ideias dos conselheiros. “A remoção de fato não se encaixa naquilo que eles entendem ser o papel dos conselheiros na preservação do patrimônio. Agora, todo o restante nós estamos à inteira disposição, tanto a equipe técnica da secretaria quanto os conselheiros, para que a gente, juntos, entenda qual é realmente a relevância daquele prédio.”
Para ela, a melhor decisão seria se o galpão fosse incorporado no projeto dos novos camelódromos. “A gente torce para que a criatividade dos arquitetos que estão envolvidos no projeto consiga fazer esse desafio. E que a gente consiga contemporizar as duas questões, que é a preservação e é também a implantação do shopping nesse espaço.”
Procurada pela reportagem da CBN Campinas, Carlinhos Camelô disse que o sindicato fica triste com essa decisão. “Nós estamos lutando há 30 anos para resolver o problema do centro da cidade, resolver o problema dos camelôs, dos microempreendedores, mas a gente respeita a decisão e agradece aqueles que foram favoráveis a retirada para poder fazer o shopping.”
Agora, a categoria deve marcar uma assembleia para decidir como o projeto será levado adiante.