Sete pessoas denunciaram casos de racismo nos cinco primeiros meses do ano ao Centro de Referência dos Direitos Humanos e Combate ao Racismo e a Intolerância Religiosa de Campinas.
De acordo com a gestora do Centro de Referência, Jacqueline Damázio, até agora todos os relatos são de racismo religioso.
“Todos os casos que temos até agora a gente considera e pode ser retratado como racismo religioso porque são todos ligados, destinados a pessoas praticantes tanto da umbanda, quanto do candomblé, que são religiões de matriz africana.”
O número de casos de racismo já representa mais que a metade do total registrado em todo o ano passado, quando a Prefeitura recebeu 12 denúncias.
Para Jacqueline, o número é resultado de um trabalho de conscientização sobre a pauta racial.
“O nosso carro-chefe é a formação em escolas, em empresas, em diferentes espaços que nos solicitam. Então, eu também acredito que essa conscientização das pessoas que acabam sendo nossos parceiros e trazem os casos de racismo fazem que esses casos aumentem. E hoje nós temos o reconhecimento de práticas racistas pelas respectivas vítimas e essas pessoas nos procurando também.”
O Centro de Referência presta serviços de educação, acolhimento e direcionamento de denúncias às autoridades, se esse for o desejo das vítimas.
O Centro de Referência em Direitos Humanos na Prevenção e Combate ao Racismo e Discriminação Religiosa está na Avenida Francisco Glicério, número 1269, quarto andar.
Mais informações podem ser obtidas pelo número 0800 771 7767 ou pelo telefone 3232-6431.