Operação Rosa dos Ventos tem atos de juíza considerada suspeita anulados

A condenação de um casal investigado pela Operação Rosa dos Ventos desde 2017 foi anulada pela Justiça. Segundo o STJ, a juíza responsável pelo caso, Valdirene Falcão, tinha desavenças pessoais com os réus desde 2009. O Tribunal considerou que a magistrada era suspeita e os atos do julgamento, realizado este ano, deixam de ter validade.
Foto: Divulgação/Polícia Federal

O Superior Tribunal de Justiça (STJ) anulou os atos da juíza da 9ª Vara Criminal de Campinas, Valdirene Ribeiro de Souza Falcão, que julgou processos referentes à Operação Rosa dos Ventos, em 2017. Segundo o ministro Reynaldo Soares da Fonseca, da 5ª Turma do STJ, a magistrada não poderia atuar no caso porque conhecia e tinha desavenças pessoais com o casal Claudia Martins Borba Rossi e Miceno Rossi Neto, que foi condenado por ela.

A operação investigava crimes de ordem tributária, lavagem de dinheiro, falsificação de títulos públicos e negociações envolvendo pedras preciosas, impostos sonegados e multas não pagas, em quatro estados. Os valores ultrapassavam R$ 3 bilhões, em operações financeiras feitas por empresas de combustíveis.

O casal teve prisão domiciliar decretada por quatro anos, em julgamento realizado por Valdirene este ano, além de multa de mais de R$ 575 mil.

Com a decisão do STJ, a juíza é considerada suspeita e com isso a condenação e prisão dos réus deixam de ter validade.

Segundo o Tribunal Regional Federal da 3ª Região (TRF-3), a juíza não pode se manifestar sobre processo em andamento, mas a nota diz que as sentenças foram baseadas em provas e cumprirá a decisão da instância superior.

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