A população de Campinas continua esperando e cobrando o término das obras do BRT, mas muito ainda precisa ser feito. Principalmente no Corredor Ouro Verde, onde a situação gera um contraste quando comparada ao corredor Campo Grande, que tem os trabalhos bem mais avançados.
O Terminal Campo Grande, por exemplo, já está em operação e apesar da parte do BRT ainda não estar operando, a Emdec estima, até o mês que vem, colocar uma linha do BRT em operação, ainda que provisoriamente. Ainda que alguns pontos ainda estejam precisando de acabamento, as estações já podem inclusive funcionar, porque estão completas.
Enquanto isso, no Corredor Ouro Verde as obras inacabadas geram um cenário de abandono, com torres inacabadas e ferros retorcidos e enferrujados expostos em vias como a Avenida Ruy Rodrigues.
O Consórcio BRT Campinas, responsável pelas obras, abandonou os trabalhos, faltando 11% do montante a ser executado. A Prefeitura rescindiu o contrato e abriu um processo de penalização que culminou com a aplicação de uma multa pecuniária equivalente a 5% do valor residual do contrato. O valor gira em torno de R$ 550 mil e a empresa ainda está recorrendo da decisão.
Um valor que para o morador do Jardim Cristina, no Distrito do Ouro Verde, André Luís, considera que saiu barato para a empresa se considerado o tamanho do estrago e dos prejuízos para a população.
A Secretaria de Infraestrutura de Campinas informou que está fazendo o levantamento de dados para um novo processo licitatório para a conclusão dos 11% das obras restantes. A ideia é que a licitação seja aberta até o início de 2023.