Um aplicativo se tornou um importante aliado no combate à incontinência urinária, um distúrbio que provoca a perda involuntária de urina em situações mínimas de esforço.
Desenvolvido por pesquisadoras da Unicamp, em parceria com o Instituto de Pesquisas Eldorado, o App fez parte de um estudo com mulheres atendidas no Caism-Unicamp.
O trabalho foi realizado num período em que o atendimento presencial para fisioterapia pélvica nos centros de saúde ficou prejudicado, durante a pandemia.
As pesquisadoras acompanharam 156 mulheres, que realizaram os exercícios guiados pelo App, em casa. Pelo aplicativo, elas são orientadas por profissionais sobre o programa de treinamento ideal para cada paciente, com enfoque em exercícios pélvicos.
De acordo com a fisioterapeuta e ex-dirigente do serviço de fisioterapia do Caism, Andrea Marques, o resultado da pesquisa apontou que o App garantiu melhora nos sintomas para 52% das entrevistadas e 10,2% se disseram curadas.
Andrea Marques explica que o App não substitui o tratamento convencional, mas é um importante aliado, principalmente para orientar os exercícios complementares, feitos em casa.
O distúrbio atinge 45% das mulheres acima dos 40 anos, mas pode atingir também mulheres jovens e homens.Os fatores de risco são desde a menopausa, até o histórico gestacional e obesidade, com uma sintomatologia multifatorial.
Segundo Andrea Marques, o App é um ótimo aliado quando o problema é causado pela fraqueza dos músculos do assoalho pélvico.
O aplicativo, que faz parte do Portfólio de Patentes e Softwares da Universidade, gerenciado pela Inova Unicamp, ainda não está disponível para o público, mas pode ser licenciado por empresas e instituições interessadas em levar a tecnologia ao mercado ou aplicá-la em suas rotinas de tratamento e pesquisa.