Em depoimento à CPI da Propina, Danilo Palma, irmão do empresário Celso Palma, afirmou que o Grupo Mais perdeu a primeira licitação da qual participou para operar a TV Câmara porque ele não aceitou pagar propina no valor de R$50 mil ao então presidente da Casa, Campos Filho.
Segundo Palma, o Grupo Mais foi declarado vencedor do certame em fevereiro de 2014, mas a empresa foi desclassificada após ele participar de duas reuniões: uma com Campos Filho e outra com Valter Greve, que era assessor parlamentar.
Danilo Palma foi o primeiro de três depoentes que os vereadores ouviram nesta quarta-feira (09). Os outros dois, Vinícius Zeidan, que é responsável pelo setor administrativo da TV Costa Norte, e Alexandre Rocha, diretor técnico da empresa, negaram pagamento de propina entre 2014 e 2019, período em que a TV Costa Norte operou a TV Câmara. Rocha também negou que tenha afirmado a Celso Palma que Campos Filho pedia propina.
Após as oitivas, o presidente da CPI, vereador Paulo Gaspar (Novo), afirmou que não descarta a possibilidade de convocar Celso Palma e Alexandre Rocha para uma acareação, e que Campos Filho e Valter Greve vão ser convocados para prestar depoimento depois que os membros da CPI ouvirem outras pessoas que participaram dos processos de licitação.
Tanto Valter Greve quanto Campos Filho negam as acusações. Eles foram citados pela primeira vez na CPI da Propina durante o depoimento de Celso Palma. Campos Filho ressaltou que, enquanto presidente, devolveu R$ 50 milhões para a Prefeitura de Campinas com economia no legislativo e adotou medidas de gestão, como a criação da controladoria, que trouxeram economia e transparência para a Casa de Leis.
Os próximos que devem depor na CPI são o pregoeiro Jorge Luiz Brasco e a consultora jurídica Neusa Dorigon. As oitivas devem acontecer na próxima quarta-feira (16) a partir das 13h.
