A lei brasileira prevê que crimes prescrevem após 20 anos. Com o prazo vencido em setembro do ano passado, a investigação sobre a morte do à época prefeito de Campinas, Antônio da Costa Santos, o Toninho do PT, foi arquivada pela Justiça em outubro deste ano.
Mesmo com o fim do inquérito e a impossibilidade de punir o autor, a família do ex-prefeito segue em busca de Justiça. O advogado William Ceschi Júnior afirma que não houve esforço das autoridades policiais para esclarecer o assassinato e a sentença apontou inconsistências na denúncia do Ministério Público.
Para se reabrir uma investigação após prescrever, é necessário que a Justiça acate um pedido de se considerar crime contra os direitos humanos. Mas o advogado da família de Toninho se mostra pessimista, pois a solicitação já não foi considerada anteriormente.
Segundo o Ministério Público, o tiro que matou Toninho na Avenida Mackenzie, em 10 de setembro de 2001, foi disparado pelo sequestrador Anderson José Bastos, o Ancio, assassinado um mês após o crime em Caraguatatuba, no litoral paulista. A entidade afirma nunca ter encontrado indícios de crime político contra o ex-prefeito, mesmo não descartando que essa poderia ser a motivação.