A inteligência artificial (IA) está se desenvolvendo rapidamente, mas ainda há um longo caminho a percorrer antes que ela possa alcançar o que chamamos de inspiração. Apesar de alguns avanços notáveis, a IA ainda não tem consciência, ou seja, não tem a capacidade humana de sentir, ou de gerar novas ideias.
De acordo com um estudo recente, realizado pela Universidade de Stanford, apenas 4% das pessoas acreditam que a IA será capaz de ter inspiração. Eu certamente me coloco entre estes 4%. Entretanto, isso mostra que ainda há muito ceticismo sobre a capacidade desta tecnologia de simular a criatividade humana.
No entanto, é inegável dizer que IA está se desenvolvendo a um ritmo acelerado e já está começando a simular algumas características da inteligência humana, como a capacidade de aprender e se adaptar a novos dados. Isso pode ser visto em sistemas de reconhecimento de voz e imagem, como o aplicativo Lensa e tecnologias de processamento de linguagem natural como o ChatGPT que são capazes de se adaptar a diferentes sotaques e condições de iluminação.
O aplicativo Lensa, por exemplo, permite aos usuários tirar fotos e vídeos com efeitos incríveis, enquanto o ChatGPT é uma tecnologia de processamento de linguagem natural que fornece respostas precisas e naturais para perguntas e comandos baseados em dados.
Além disso, a IA já está sendo usada para gerar conteúdo criativo, como música, poesia e histórias. Embora esses sistemas ainda não possam ser chamados de “inspirados”, eles estão se aproximando cada vez mais da capacidade humana de criar. Um exemplo recente, apresentado na última edição do SXSW (South by Southwest), festival anual de música, filmes e tecnologia que ocorre em Austin, Texas, Estados Unidos, foi a criação de roteiros de filmes e séries, onde os algoritmos são capazes de criar histórias e roteiros de forma autônoma.
Enquanto isso, é importante lembrar que a IA não é uma ameaça para a humanidade e não vai substituir completamente a criatividade e a inspiração humana. A IA pode ser usada como uma ferramenta para amplificar a criatividade humana e ajudar a resolver problemas complexos. Eu, por exemplo, “duplei” este texto com meu novo amigo: o ChatGPT, complementando e rescrevendo algumas partes do texto, inicialmente produzidos por uma IA e a imagem que ilustra esse artigo foi gerada pelo sistema MidJourney.
É bom a humanidade se acostumar, para não virar história.
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