Segue instável a situação de moradia de 200 pessoas que moram no Beco Mokarzel, às margens do Rio Atibaia, em Sousas. Nas casas e barracos, pilhas de móveis, roupas e alimentos chegam até o teto, em uma tentativa das famílias de salvar o que os recentes alagamentos não estragaram e as doações que receberam.
Mesmo em dias quentes, as famílias não ficam tranquilas porque sabem que a qualquer momento pode voltar a chover e o Rio Atibaia transbordar.
Moradora do Beco Mokarzel há 37 anos, Suelen conta que alagamento era uma memória já quase distante. Porém, um ritual pós-chuva foi estabelecido nas últimas semanas.
Desde a última semana de dezembro, quando fortes chuvas começaram a atingir a região de Campinas, os imóveis que ficam no Beco do Mokarzel foram inundados três vezes.
A última vez foi na quinta-feira, dia 19, quando o ponto de captação do Rio Atibaia em Sousas registrou 147 milímetros de chuva. Assim como a Suelen, outros moradores afirmaram à reportagem que sempre voltam aos imóveis porque vivem na região há décadas, a maioria há mais de 50 anos. Eles não quiseram gravar entrevista.
A assessoria da Secretaria de Assistência Social informou, em nota, que na semana passada prestou atendimento às famílias afetadas pelas chuvas com a distribuição de 20 cobertores e 20 colchões, além do fornecimento de 8 cartões Nutrir para as 20 famílias afetadas no Beco Mokarzel, no distrito de Sousas, 10 famílias no Jardim Ipaussurama e uma no Jardim Satélite Íris.
