Revitalização da C. Sales começa com bloqueio na Expedicionários

Expedicionários bloqueada - Foto: Guilherme Pierangeli

Apresentado em fevereiro do ano passado, o projeto de revitalização da avenida Campos Sales, no Centro de Campinas, começou a sair do papel nesta quarta-feira (25). A obra, coordenada pela Emdec, tinha início previsto para agosto do ano passado, com prazo de conclusão de 12 meses.

Os trabalhos começaram com o fechamento de uma das pistas da Avenida dos Expedicionários, onde foram instalados tapumes fechando parte da via. O local abrigará maquinário e equipamentos que serão utilizados na obra.

Impressos afixados em cavalete e em abrigo informam transferência de linhas – Foto: Guilherme Pierangeli

Com isso, houve a mudança de cinco linhas de ônibus, que deixaram de atender a Estação Expedicionários e foram para a região do Terminal Metropolitano. Foram afetadas as linhas 390, 390.1, 391 e 392, além da 398 aos finais de semana.

E essa situação preocupa os comerciantes da região. Marcelo Geraldi é proprietário de um Mini Atacado na Expedicionários. Ele reclama que só foram avisados do fechamento da via na véspera, e disse que negociou para que os tapumes não chegassem à frente do comércio dele. “Foi ontem, em cima da hora, umas 16h, veio ai e falou, ‘a partir de amanhã vamos fechar tudo aqui, vamos tirar as linhas, pegou a gente desprevenido, pois a gente tem contas a pagar, mercadoria com data de validade curta pra vender, é complicado, eles iam fechar a rua toda e a gente conseguiu juntar o pessoal e vão fechar só metade da rua, ajuda pois se não ficaríamos atrás do tapume, ia ficar escondido, né?”

Rafael Alecrim tem um brechó no lado da Expedicionários que não foi bloqueado, mas já nota uma queda na movimentação. “Já impactou por causa do transtorno, não foi avisado com antecedência, pegou todo mundo de surpresa, a Estação Cultura seria um amplo lugar para guardar as máquinas, lá atrás, eu acho desnecessário fechar um terminal”.

Perto dali, em frente ao monumento que homenageia Campos Sales, Itamar Gritte tem uma banca. Ele afirma que está no local há 35 anos, e se preocupa com a redução do fluxo de pedestres com a transferência das linhas de ônibus para outro local. Outra preocupação é quanto às exigências que teriam sido feitas pela Emdec para a padronização das bancas. “Eles estão pedindo banca padrão, e estávamos fazendo o orçamento, é R$ 60 mil, o modelo que eles querem, padrão, eu não sei o que faço ainda, pois não tenho esse dinheiro para investir, sem saber se o movimento vai melhorar, pois do jeito que está aqui não consigo pagar não”.

Dentre as principais mudanças na revitalização está a redução de quatro para três faixas na avenida, que passará a ter uma única faixa de ônibus, e não mais duas. Com isso, deverá ocorrer o alargamento da calçada do lado direito da avenida, considerando o sentido da via. Segundo a Emdec, a ideia é priorizar os pedestres e trazer o público de volta à área central.

Uma outra mudança que foi discutida é a redução da praça Heitor Teixeira Penteado, que fica no cruzamento da avenida com a rua 11 de Agosto, para que a Campos Salles tivesse um traçado reto, sem o desvio no entorno da praça. Questionada pela CBN, a Emdec afirmou que o monumento não será retirado. Quanto à data de início das obras na avenida, foi informado que a data será anunciada em breve.

*Atualizado às 13h20

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