Teve alta hospitalar o estudante de 17 anos da Universidade Presbiteriana Mackenzie de Campinas, que ficou ferido após um trote universitário na segunda-feira (6), realizado em uma praça próxima à universidade. O jovem teve alta no mesmo dia do ocorrido. Testemunhas afirmaram o rapaz foi vítima de um trote chamado “tapete humano”, que consiste em os calouros deitarem no chão, enquanto os veteranos caminham sobre eles, pisando nos corpos.
Após sentir dores, o jovem foi socorrido pelos bombeiros e levado ao Hospital Mário Gatti pelos, onde passou por exames. A princípio havia a informação de que ele poderia ter sofrido uma perfuração no tórax, mais isso não se confirmou, e no local foi constatado um corte superficial, e dor muscular. O jovem sofreu também uma luxação no braço.
Em nota, a Mackenzie afirmou que condena a prática do trote, e que enfatiza os riscos, além da necessidade de respeito. A universidade ressaltou que o caso ocorreu fora da área do campus, e que a universidade prestou socorro ao aluno, acompanhando-o ao hospital até chegada do pai dele.
A nota segue afirmando que após o jovem receber alta e sair andando do hospital, um representante da Universidade ficou à disposição para prestar apoio, e que agora apura informações sobre o ocorrido e que está sempre atenta a inibir ações violentas e/ou desrespeitosas entre veteranos e calouros.
Os trotes violentos são proibidos por lei no estado de São Paulo desde 2001. A lei número 10.454/99 prevê a expulsão de universitários infratores, que poderão ainda responder a ações penais e cíveis, inclusive, de reparação de danos. Em 2015 a Assembleia Legislativa do Estado realizou a CPI das Universidades, que investigou violação dos direitos humanos em trotes universitários, e ouviu vítimas de trotes de universidades do estado.
