O policial militar suspeito de omissão em um show onde duas pessoas acabaram mortas baleadas e três feridas, em Piracicaba, em 20 de novembro do ano passado firmou um acordo com o Ministério Público para arquivar a acusação da qual era alvo na Justiça.
Ele foi denunciado por prevaricação por não ter prendido o amigo, que também é policial e é acusado de ser o autor dos tiros. A confusão aconteceu na festa “Fervo”. O evento aconteceu no Parque Unileste.
Os tiros disparados mataram Leonardo Victor Cardoso, de 25 anos, e Heloíse Magalhães Capatto, de 23 anos. Além disso, ficaram feridas pelos tiros outras três pessoas de 20, 21 e 27 anos.
O policial que teria se omitido também foi investigado por supostamente auxiliar o colega na fuga do local. Ele respondia em liberdade e o acordo que aceitou estipula o pagamento de um salário mínimo e meio como prestação pecuniária.
Na festa onde ocorreram os disparos e as mortes, também estava a esposa do autor dos tiros, que também é policial e responde em liberdade por prevaricação. Ela não aceitou o acordo e, por isso, a Justiça aceitou a denúncia contra ela oferecida pelo MP-SP.
O autor dos tiros foi denunciado por homicídio triplamente qualificado com dolo direto (quando o autor prevê o resultado da ação) em relação a Leonardo e por homicídio triplamente qualificado com dolo eventual (quando assume o risco) em relação a Heloise.
Ele também foi denunciado por três tentativas de homicídio triplamente qualificados com dolo eventual em relação a três vítimas que foram baleadas, mas sobreviveram.