O vereador Paulo Gaspar, presidente da Comissão Especial de Estudo Sobre Arborização Urbana, e dois ambientalistas, foram barrados na entrada do Bosque dos Jequitibás nesta terça-feira (14). O grupo faria uma técnica no local, que está fechado desde que uma figueira branca caiu sobre um veículo. O acidente matou um homem de 37 anos. Na semana passada, a Prefeitura de Campinas informou que vai extrair 108 árvores que oferecem risco de queda.
O engenheiro agrônomo e florestal José Hamilton de Aguirre Junior, que faz parte da comissão da Câmara de Campinas e também do Conselho Municipal de Meio Ambiente (Condema), foi um dos barrados pela Prefeitura. Ele afirma que o laudo da Secretaria de Meio Ambiente não justifica a supressão de mais de 100 árvores do Bosque.
A visita técnica foi solicitada à Prefeitura na última segunda-feira (13), em um ofício assinado pelo vereador Paulo Gaspar, direcionado ao secretário de Serviços Públicos, Ernesto Paulella; porém, o trio foi impedido de acessar o Bosque. A Guarda Municipal chegou a ser acionada.
Em nota, a Secretaria de Serviços Públicos informou que recebeu o ofício com o pedido, e informou ao vereador com antecedência que o Bosque dos Jequitibás está fechado para manejo das árvores. Por recomendação do Ministério Público, enquanto o manejo estiver em andamento e oferecer risco à segurança das pessoas, a entrada não deve ser autorizada.
A Secretaria de Serviços Públicos apresentou, no mês passado, um laudo que revelou que a figueira branca que caiu durante um dia chuvoso estava saudável, e que o solo encharcado foi o motivo do acidente. Em entrevista recente à CBN Campinas, Paulella informou que ainda não há previsão para a reabertura do parque.
