O ato reuniu cerca de 100 pessoas e foi organizado na última sexta-feira (24) pela Associação Protetora da Diversidades das Espécies, a Proesp, a primeira entidade ambiental de Campinas e uma das primeiras do Brasil, em frente à Prefeitura de Campinas. O protesto também teve apoio de diversos coletivos ambientais de Campinas, como o SOS Piçarrão, Movimento Regaste Cambuí, Brigada Florestal Cachorro do Mato, Grupo de Proteção Ambiental do Campo Grande, entre outros.
O grupo pede a compensação ambiental das árvores que já foram suprimidas pela Prefeitura recentemente em diversos pontos de Campinas, como a Avenida Francisco Glicério. A presidente da Proesp, Dulcineia Lopes da Silva, fez críticas ao poder público, e acusa a equipe ambiental do município de má gestão.
O Mestre em Arborização Urbana, Engenheiro Florestal e Agrônomo, José Hamilton de Aguirre Junior, que faz parte do Condema, e explica que os grupos são contrários a postura adotada pela Secretaria de Serviços Públicos, que teria feito supressões generalizadas, sem avaliações técnicas e sem documentações.
Os manifestantes também pediram a saída do secretário de Serviços Públicos de Campinas, Ernesto Paulella. Em nota, a Prefeitura de Campinas informou que entende que toda manifestação pacífica faz parte do processo democrático, e que a Secretaria de Serviços Públicos embasa suas decisões a partir de critérios técnicos, como a norma ABNT NBR 16246-1, que trata do manejo de árvores, arbustos e outras plantas lenhosas em áreas urbanas.
Sobre a Avenida Francisco Glicério, a Prefeitura afirmou que serão plantadas 100 mudas de árvores. A Secretaria de Serviços Públicos fará o plantio de 58 mudas de árvores de médio porte na avenida, no trecho entre a Avenida Aquidabã até a Rua Henrique de Barcelos, e 42 mudas na Rua Álvaro Ribeiro e Avenida General Carneiro, totalizando 100 árvores. Serão colocadas em floreiras no mesmo nível da calçada, revestidas com forração, permitindo a permeabilidade do solo.