Pais e estudantes reclamam da segurança no entorno das escolas estaduais de Campinas

Guilherme Leal/CBN Campinas

Um dia depois de um estudante ter atacado colegas e matado uma professora em uma escola estadual na capital paulista, pais e alunos de Campinas falam sobre insegurança e bullying no ambiente escolar.

Na manhã desta terça-feira em Campinas o assunto que dominava as rodas de estudantes antes da entrada era o caso do jovem de 13 anos que matou uma professora e feriu outras quatro pessoas na manhã de segunda-feira em uma escola estadual da Zona Oeste de São Paulo. A estudante Maria Eduarda Silva de Aguiar disse que acompanhou o desenrolar do crime pela imprensa. Ela estuda na escola estadual Francisco Glicério, na região central, e sente falta da presença da ronda escolar.

O estudante Pedro Lucas acredita que boa parte do potencial agressivo dos jovens se dá por conta do bullying, que é o ato praticado por outros estudantes diminuindo ou ofendendo colegas por causa de características físicas ou sociais.

Os pais dos alunos também repercutiam o ataque em São Paulo. Para o aposentado Valbas Darzan, pai de um estudante de 16 anos, o trabalho entre escola e família precisa ser conjunto.

Durante coletiva concedida à imprensa o secretário estadual de segurança pública Guilherme Derrite disse que o programa Ronda Escolar atua de forma ostensiva e que funciona.

Já o secretário de Educação Renato Feder disse que o caso foi um desastre e anunciou ampliação do programa convida que faz a mediação de conflitos.

O adolescente de 13 anos foi encaminhado a Fundação Casa. Segundo o delegado, a investigação já ouviu 32 pessoas, entre pais, professores e alunos da Escola Estadual Thomazia Montoro, na zona oeste de São Paulo. A Polícia Civil apreendeu uma arma, uma faca e parte de uma tesoura na casa do estudante.

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