Moradores da região da Miguel Melhado realizaram um protesto no Paço Municipal de Campinas, em frente a prefeitura. Eles afirmam não terem sido procurados pelo Departamento de Estradas e Rodagens para ‘negociar’ a desapropriação da área.
De acordo com a Maria Aparecida, apenas três dias antes do Natal, alguns moradores do Jardim Campo Belo, em Campinas, foram avisados que teriam que deixar as casas em um prazo de 30 dias para a duplicação da rodovia.
Em nota, a prefeitura, por meio da secretaria de habitação, transferiu a responsabilidade para o DER, que teria pedido a área para duplicação da rodovia. A pasta afirmou que fez, de fato, uma vistoria no local e identificou os imóveis que precisam ser desocupados.
Disse ainda que cerca de 100 famílias receberão o auxílio de R$ 605, que será pago pelo Fundo Municipal de Apoio à Habitação Popular.
Segundo o advogado das famílias, Alexandre Madl, essa obra é considerada uma arquitetura excludente, já que não tem nenhuma preocupação de mobilidade e segurança para os moradores da região.
Procurado pela reportagem da CBN Campinas, o DER informou que em um trecho da Rodovia Miguel Melhado Campos existem construções irregulares dentro da faixa de domínio do departamento e, neste caso, não houve desapropriação e sim reintegração de posse, com procedimentos realizados em parceria com a Cohab e a prefeitura de Campinas, responsável por notificar os moradores.
A Cohab confirmou que vai pagar o auxílio moradia padrão, taxada pela Sehab Campinas. Mas em nenhum momento na nota citou algo sobre moradia para essas famílias.
Essa obra de duplicação foi iniciada em setembro de 2022 e o prazo previsto para a conclusão no segundo semestre de 2024.
