A qualidade da refeição no Restaurante Universitário da Unicamp foi motivo de protocolos feitos pelos alunos à reitoria, após uma estudante encontrar uma pedra no jantar, em fevereiro. Após a aluna compartilhar o problema em um grupo de WhatsApp, vários outros estudantes enviaram registros de mofo, grampos e até insetos na comida. Um universitário, que preferiu não se identificar, é um dos que teve uma surpresa na hora da refeição.
O aluno comenta que o bandejão é a principal fonte de alimentação de muitos estudantes, funcionários e famílias que integram a comunidade acadêmica, e que estariam em situação de insegurança alimentar. Outra aluna relata que já teve indigestão e cólicas após comer no Restaurante Universitário da Unicamp. Segundo a estudante, a má qualidade ocorre pela forma como a Unicamp decide contratar a empresa responsável pela refeição, que é terceirizada. As funcionárias do restaurante não teriam sequer assistência no Cecom, o Centro de Saúde da Comunidade.
Os alunos pedem que sejam apresentadas à comunidade acadêmica informações sobre as medidas sanitárias adotadas em relação a procedência, armazenamento, preparo e distribuição dos alimentos do bandejão. Em setembro do ano passado, uma nova empresa venceu a licitação para fornecer cerca de 18 mil refeições diárias nos campi de Campinas, Limeira e Piracicaba, além dos colégios técnicos. Em Campinas, os três restaurantes universitários do campus de Barão Geraldo atendem, em média, 12 mil alunos por dia – entre pagantes e bolsistas –, considerando café da manhã, almoço e jantar.
Em nota, a Unicamp – por meio da Diretoria Executiva de Administração, da Diretoria Geral de Administração, da Prefeitura do Campus e da Secretaria de Administração Regional – informou que constituiu um Comitê Gestor que acompanha as atividades da empresa. O Comitê monitora, avalia e fiscaliza diariamente as atividades operacionais, nutricionais e sanitárias da empresa Soluções nos Restaurantes Universitários. Todas as denúncias enviadas por vias oficiais e não oficiais estão sendo averiguadas pelo Comitê e, se constatadas como verídicas, serão objetos de atuação administrativa e jurídica.