Os cinco réus ouvidos no processo sobre o assassinato de Jonas Lucas Alves Dias, de 55 anos, ganhador de R$ 47,1 milhões na Mega-Sena, negaram envolvimento no crime. Eles foram interrogados em audiência realizada nesta quarta-feira (3) pela 2ª Vara Criminal de Hortolândia. Agora, o juiz aguarda respostas de laudos e ofícios. Após a juntada dos documentos, será aberto prazo de 15 dias ao Ministério Público e, depois, às defesas, para as alegações finais. O processo tramita em segredo de justiça.
Os cinco acusados respondem por associação criminosa e extorsão mediante sequestro seguida de morte, crime com a pena mínima de prisão mais elevada no Código Penal. O crime foi em setembro de 2022. Na primeira audiência, realizada em 9 de março, o juiz Christiano Rodrigo Gomes de Freitas ouviu 18 testemunhas por aproximadamente quatro horas. Entre elas, 13 foram indicadas pela acusação, e cinco pelas defesas dos réus. Os conteúdos dos relatos não foram divulgados. Na primeira quinzena de fevereiro, o TJ negou um pedido de habeas corpus e manteve os acusados presos de maneira preventiva.
A vítima ganhou o prêmio em setembro de 2020, após realizar jogo em uma lotérica de Campinas, cidade vizinha a Hortolândia. Nenhum dos presos assumiu participação nas agressões sofridas por Jonas Lucas, segundo a polícia. Segundo a investigação, o ganhador da Mega-Sena saiu da casa dele pela manhã, em Hortolândia, para caminhar, como sempre fazia, e levou somente a carteira e documentos.
Ele foi sequestrado pela quadrilha e acabou sendo encontrado apenas na manhã do dia seguinte, às margens da Rodovia dos Bandeirantes, com sinais de espancamento, por uma equipe de resgate da concessionária que administra a via ao Hospital Mário Covas, em Hortolândia, mas não resistiu.