A campanha nacional de vacinação contra a gripe se encerra no próximo dia 31, e o Instituto Butantan alerta sobre a baixa cobertura vacinal. Até a metade do mês de maio somente 30% do público-alvo havia sido imunizado em todo o país, sendo que a meta é chegar a 90%. A situação preocupa, pois os óbitos por gripe no Brasil aumentaram 78% nos últimos dois anos, segundo o Ministério da Saúde.
O vírus influenza pode infectar qualquer pessoa, mas tende a causar quadros mais graves em idosos, gestantes, crianças menores de cinco anos e pessoas com doenças crônicas. A Gestora Médica de Desenvolvimento Clínico do Instituto Butantan, Carolina Barbieri, destaca a necessidade maior de se vacinar este público considerado mais vulnerável. “Esses grupos prioritários tem risco de complicar, então é importante levar, e as crianças não só protegem a si mesmas, então elas têm menos chances de ter complicação, e elas também são grandes transmissoras do vírus influenza, então vacinando elas você também protege pessoas com maior vulnerabilidade de complicação, como gestantes, idosos e outras pessoas”.
O imunizante contra influenza produzido pelo Butantan é feito com o vírus fragmentado e inativado, ou seja, incapaz de causar doença, e as cepas presentes na vacina são atualizadas todos os anos de acordo com as orientações da OMS, uma vez que os vírus influenza sofrem mutações frequentemente.” “Vacina da gripe para casos sintomáticos tem uma proteção ao redor de 60%, mas para complicação e óbito ela tem uma eficácia muito boa, então a gente estaria vendo, como em anos anteriores de alta cobertura vacinal, números bem abaixo pra complicação e óbitos por gripe”, relata Carolina.
Na última semana o Ministério da Saúde autorizou a ampliação da vacinação para todos os públicos. Com isso, qualquer pessoa pode procurar um posto ou centro de saúde e se vacinar gratuitamente. E a vacina contra a gripe pode ser aplicada no mesmo que outros imunizantes, como o que combate a covid-19, por exemplo.
