Levantamento feito pela EPTV, com base em dados obtidos via Lei de Acesso à Informação, mostram que as denúncias sobre desmatamento em Campinas praticamente dobraram em quatro anos. Os números compararam a situação na metrópole e nas cidades da região entre 2018 e 2022 de acordo com a Secretaria Estadual de Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística.
Indaiatuba e Sumaré também registraram crescimento. Por outro lado, Limeira e Piracicaba tiveram redução no período avaliado.
O total de denúncias em Campinas subiu de 144 para 283, enquanto a soma no intervalo de cinco anos corresponde a 967. Entre as principais regiões afetadas está o distrito do Campo Grande, região onde residem pelo menos 190 mil habitantes distribuídos em aproximadamente 90 bairros.
Conselheiro da APA Campo Grande, Marcos Joaquim de Oliveira, cita uma área no bairro que teria sido desmatada recentemente. Ainda conforme o conselheiro, na área do Sítio Cambará, teria acontecido o desmate entorno de três nascentes. O incidente teria sido confirmado pela Polícia Ambiental.
Em Indaiatuba foram 42 queixas em 2018 e 56 em 2022. Em Sumaré foram 24 em 2018 e 29 em 2022. Em Limeira foram 21 em 2018 e 19 no ano passado. Piracicaba registrou 83 queixas em 2018 e 79 em 2022.
O secretário do Verde em Campinas, Rogério Menezes, explicou quais ações foram tomadas e estão previstas pela prefeitura para combater o desmatamento em Campinas.
Ele disse ainda que a atuação no local está sendo em conjunto com a Polícia Civil a partir de um inquérito presidido pela DIG (Delegacia de Investigações Gerais). O objetivo é identificar corretores que estão vendendo terras irregulares, quem está comprando, além de fazer o embargo dos lotes. O secretário reforça que essas ações criminosas não tiveram a anuência de nenhum órgão oficial.
