A ordem de serviço foi assinada nesta segunda-feira (29) pelo prefeito de Campinas, Dário Saadi, para a construção de três novas ciclovias, orçadas em R$ 2,1 milhões, com recursos do município. Segundo Saadi, serão mais 7 quilômetros de ciclofaixas na cidade.
A prefeitura também já iniciou a construção de uma ciclofaixa na Escola de Cadetes, que deve ser entregue nos primeiros dias de junho. Com as três obras anunciadas nesta segunda e a inauguração das que já estão em andamento, Campinas deve chegar aos 100 quilômetros de faixas exclusivas para ciclistas. Durante 30 anos, entre 1990 e 2020, 66 quilômetros de ciclovias foram feitos na cidade. A ideia é ampliar esse número para 114, usando como critério as princiais ligações entre os terminais de ônibus.
Mas, em alguns pontos da cidade, motoristas e pedestres questionam a viabilidade das ciclovias. Na Avenida Império do Sol Nascente, na região do Jardim Aurélia, a faixa, instalada no canteiro central, não agradou quem passa pela região. Um abaixo assinado com mais de 800 adesões foi encaminhado à Emdec pedindo a remoção da ciclofaixa. Carlos Eduardo Zancheta, que protocolou o documento, conta que a ciclovia espremeu a faixa de veículos. Ainda segundo o cidadão, em 15 dias, nenhum ciclista usou a via.
Cenário parecido acontece na Avenida Princesa D’Oeste, onde uma ciclofaixa no canteiro central é usada pelos pedestres, já que não há calçadas nas laterais. Uma placa alerta o pedestre que é proibido circular na ciclovia. Enquanto a reportagem da CBN esteve no local, nenhum ciclista usou faixa.
Sobre os dois locais, o prefeito afirmou os pedestres podem compartilhar a via com os ciclistas, apesar da sinalização indicando o contrário. O prefeito afirmou ainda que não há estudos da Emdec para remoção ou redução das ciclofaixas nos dois locais.