Uma mulher de 52 anos afirma ter sofrido um sequestro no estacionamento do Hospital Ouro Verde em 19 de maio. Segundo a vítima, que não quis se identificar, ela foi ao hospital para levar o filho dela ao Pronto Socorro. Após deixá-lo no local, ela foi estacionar o carro, e acabou sendo rendida por três homens.
Eles a colocaram no branco de trás do carro e saíram com o carro pela cidade. Ao longo de mais de uma hora sob poder dos bandidos, ela foi agredida em vários momentos. “Aí eles pararam eu debaixo de uma ponte, tipo uma linha de trem, estava tudo escuro, no meio do mato, aí eu não via nada. Quando eu consegui levantar minha cabeça, eles começaram a bater em mim, deram muitos socos, puxaram meu cabelo, por volta de quase uma hora pedindo senha de cartão, celular, esse tempo continuavam me batendo, continuavam dando soco na minha cabeça”, relatou a vítima.
Após pegarem a bolsa com documentos, cartões e celular da vítima, os homens a abandonaram em uma estrada de terra, e mandaram ela correr, dizendo que iriam disparar três tiros contra ela. Eles fugiram levando o veículo.Quando a vítima percebeu que os criminosos haviam ido embora, ela caminhou pela estrada até chegar na rodovia dos Bandeirantes, onde recebeu ajuda de um caminhoneiro.
A vítima informou que até agora o carro não foi achado. Para piorar a situação, o financiamento ainda não foi quitado, e o carro não tinha seguro. Um boletim de ocorrência foi registrado. A vítima reclama da falta de segurança no entorno do hospital, e afirma ter conhecimento de outra vítima também no Ouro Verde, além de citar o caso similar ocorrido recentemente no estacionamento do Hospital PUC-Campinas. “Peço que o nosso prefeito, nossa autoridade, ponha mais segurança nos hospitais, pois fui eu, um rapaz uns dias antes de mim, e depois teve essa outra mulher na PUC, eu peço que chegue até a autoridade, que tenha mais segurança em hospitais, que consigam colocar câmera, pois isso não pode acontecer mais, é muito sofrido, e tive muito prejuízo”. Ela afirma ainda estar passando por problemas emocionais desde o ocorrido, tendo inclusive dificuldade para dormir devido ao trauma.
A CBN buscou um posicionamento da Prefeitura de Campinas, que informou que por se tratar de uma área pública, a segurança é de responsabilidade das forças de segurança. A Guarda Municipal informou que faz patrulhamento no entorno do hospital com frequência, e irá reforçar esse patrulhamento.