A prefeitura de Campinas apresentou nesta segunda-feira (5) o plano de reflorestamento da área dos eucaliptos da Lagoa do Taquaral e o plano diretor para a Lagoa e para o Bosque dos Jequitibás. Parte da verba que será usada para a recomposição da área a ser reflorestada virá do lucro da venda da madeira das árvores que foram retiradas.
As iniciativas contam com parceria do Instituto de Pesquisas Ambientais (IPA) e da Esalq/USP de Piracicaba. Inicialmente serão plantadas 1.500 mudas de árvores nativas da região de Campinas no local onde antes ficavam os eucaliptos. De acordo com Marco Aurélio Nalon, diretor do departamento-técnico científico do IPA, as novas espécies serão adequadas para a finalidade da Lagoa do Taquaral.
O processo inicial vai durar aproximadamente três anos. De acordo com Marco Aurélio, será feito acompanhamento para que seja constatado se as árvores se ambientaram com o solo, se estão saudáveis, entre outros aspectos. Esse serviço será feito pelos próprios funcionários da prefeitura. O plano de reflorestamento também prevê uma série de ações que serão implantadas educativas e de acompanhamento em diferentes frentes. Também foi apresentada a proposta para um Plano Diretor para a Lagoa e para o Bosque dos Jequitibás, a ideia é poder prever os riscos em cada espaço dessas áreas, como explica o professor do Departamento de Ciências Florestais da Universidade de São Paulo Demóstenes Ferreira da Silva Filho.
O prefeito Dário Saadi explicou que as ações são um desafio para a administração e representam muito já que foram disparadas a partir de tragédias que marcaram a cidade. Ele afirmou que a prefeitura também pode injetar verba do tesouro municipal para o reflorestamento caso a venda da madeira dos eucaliptos não renda o suficiente.
Ainda não existe prazo para a reabertura do Bosque dos Jequitibás. Segundo o prefeito, o processo depende da avaliação do Condephaat (Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico)